Células-tronco
Desde o dia 3 de novembro, a indicação, a prescrição e o uso de Células-tronco está regulamentada como atividade clínica privativa do profissional Médico-veterinário. Por meio da Resolução nº 1.363 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a terapia pode ser incluída na prática para além das pesquisas experimentais. O Médico-veterinário também é responsável pela utilização de equipamentos e materiais apropriados, devidamente registrados nos órgãos competentes.
Como funciona?
O uso de células-tronco na Medicina Veterinária não é recente e já é regulamentada em outros países. A técnica apresenta melhoras significativas na regeneração tecidual, uma vez que esse tipo de célula possui características que a tornam capaz de se diferenciar e adaptar em qualquer tecido do organismo do animal ao ser estimulada.
Tratamento personalizado
Edson Guimarães Lo Turco, presidente do Grupo de Trabalho em Células-tronco do CRMV-SP, explica que o procedimento não é indicado para pacientes com câncer e que o tratamento deve ser personalizado para cada animal.
Os animais recebem, em média, três aplicações com um intervalo de 30 dias cada uma. “A terapia possui custo de médio a alto (em torno de 1 a 2 salários mínimos), devido à complexidade na obtenção, isolamento e purificação das células no laboratório, que também deve contar com uma estrutura adequada quanto à biossegurança”, explica Ana.
Laboratórios devem ser credenciados pelo Mapa e Anvisa
Lo Turco e Ana Liz explicam que os laboratórios fornecedores de células tronco devem obedecer às diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tal credenciamento é um marco no Brasil, pois antes de sua existência, muitos produtos tinham sua origem incerta.